fotocycle [265] Carmen Miranda por Mr. Dheo

Para a pedalada de sábado passado eu tinha vários planos em mente, sendo o mais importante, e presente, ir dar um beijinho de parabéns à minha querida Tia Sílvia. A estrada N108 é o chão que me leva ao Lugar que tem um lugar cativo no meu coração, o Castelo, em Frende, Baião, mas naquela manhã, mais ou menos a meio do caminho, tinha previsto um pequeno desvio na rota. Levava na cabeça a intenção de, após passar Entre-os-Rios à passagem do quilómetro 43, desviar-me da estrada e descer até uma aldeia junto ao Douro, Bitetos, para ir admirar e registar o belo mural que Mr. Dheo dedicou a Carmen Miranda. Em função do destino final, vale bem a pena estremecer o esqueleto naquela abrupta descida de paralelepípedos, procurar a bela casinha Douro Blue House para depois enfrentar a subida de volta, pois há algumas escapatórias que podem tornar a viagem ainda mais agradável.

Mr.Dheo é um artista de street art de renome mundial. Natural de Gaia, com uma carreira longa no graffiti e arte urbana, o seu trabalho é caracterizado por um estilo foto realista. Dos seus trabalhos icónicos, espalhados um pouco por todo o lado, quer na sua cidade natal quer internacionalmente, retratam maioritariamente temas sociais, enquanto outros traduzem num grande impacto mediático. São alguns exemplos o retrato da enfermeira Sofia intitulado “Anjos na Terra”, pintado nas ruínas de uma fábrica da Granja durante a primeira pandemia da Covid-19; Outro, “Quando a noite cai”, é uma marcante mensagem sobre os sem-abrigo e que pode ser vista na Foz Velha do Porto; “Lutador pela liberdade”, o mais recente mural de Mr.Dheo num “apelo à paz” e “numa homenagem à resistência do povo ucraniano” está exposto numa rua de Matosinhos. Da vasta panóplia de trabalhos que podem ser admirados por todos, aquele que terá maior simbolismo, o mural da Trindade intitulado “Porto Nobre e Leal”, uma homenagem ao seu pai e à sua cidade, é o primeiro mural oficial realizado no Porto depois de 14 anos de censura camarária.

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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