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Como adoptar um ciclista -11 passos, por Marta Elias

 FotoMartaEliasBio…“De repente, o desafio entra noutra dimensão: mais de 1.000 km de bicicleta. Portugal de uma ponta à outra por montes e vales, uma semana inteira em etapas a pedalar.
Mais treinos, mais dias inteiros fora de casa. Fins-de-semana completos. Desconfias que, podias ir fazer uma viagem ou alugar um quarto lá em casa, que ele nem dá por isso.
– Já o odeias. Já odeias os amigos todos dele e nem os conheces. Já odeias a licra toda que enche o estendal e mais os frutos secos e as barras e a balança e as perguntas “viste o meu capacete?”, “viste as minhas luvas pretas?”, “sabes do meu impermeável?” e mais a novidade do PT/ nutricionista que agora completa o cenário. Já odeias tudo e só te apetece furar os pneus da porcaria das bicicletas e parti-las aos bocadinhos e dar-lhas a comer ao jantar. Com massa.
Percebes que estás mesmo no teu limite. Sentes-te enganada, afinal não foi aquele o produto que compraste.
Decides que esperas, mas quando aquilo acabar têm de ter a conversa.”…

Esta excelente e bem humorada crónica, repleta de analogias, foi enviada por amigos à minha querida esposa, com o seguinte desafio: “diz lá em que etapa vais?”. Eu cá tive a sorte de ter sido adoptado logo desde a minha nascença velocipédica. A minha mamã adoptiva, mesmo não se sentando no selim da sua Maria Del Sol faz muito tempo, tem me tratado nas palminhas. É ela que lava as minhas licras, que me incentiva nas saídas diárias com um “tem cuidado” e “boas pedaladas”, e quando é fundamental o recurso ao carro vassoura ela se voluntaria de pronto para me acompanhar nas minhas aventuras cicloturistas. Mas em casa é pior melhor, por exemplo quando nas imagens do helicóptero da Eurosport, no meio dos pelotões coloridos ela sabe onde estão o Rui Costa e Tiago Machado, identifica o Alberto Contador só pela forma de pedalar, conhece todos os nomes, dos melhores sprinters aos contrarrelogistas da actualidade, me explica a diferença entre uma etapa de montanha especial de outra de 1ª categoria… acho que está tudo dito! Lá em casa é a Carla que enverga a camisola amarela…

E a Carla não se fez rogada e respondeu ao desafio:

“Confesso que já passei há muito tempo o ponto 11… 😉
Não passei pela maioria dos pontos. Aliás, penso que fui eu a primeira a comprar os calções de licra.
Sou ainda mais fanática que o Paulo Almeida, e só não o acompanho porque não tenho capacidade. Sempre que posso levo o carro de “apoio ” para as “provas”.
Quando já nenhum dos dois puder andar de bicicleta, vamos comprar uma autocaravana para podermos ver os outros a pedalar nas grandes voltas.
Só há uma coisa que me chateia. Cá em casa vivem muito mais bicicletas que pessoas…”

Pois… ao que parece a pasteleira vai ter de esperar mais algum tempo!!!

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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