Há dez anos, coisa e tal, a Maria saiu cintilante do stander da Etiel. Escolhida à medida pela minha Maria, daí o baptismo, aproveitei a marca que trazia gravada na testa, Del Sol, para lhe compor o B.I.. Esta excelente cruiser bike made in USA transportou a dona em pacatos e resplendorosos passeios à beira mar, fazendo jus à alcunha. Entretanto o sucessor, crescido demais para continuar a caber na sua Azulinha, alapou-se no selim da dita e rodou-lhe os pedais, emancipando-se nas deslocações escolares e afins. Depois, na devida altura com todo o mérito, convém dizer, o pré-mancebo conquistou a menina dos seus olhos, a Metallica. À Maria mais não restou senão voltar para o banco de suplentes. Só que novas funções estavam-lhe reservadas. Decidi aproveitar as suas caraterísticas híbridas e adicionar-lhe os acessórios necessários para a transformar na minha bicla tipo guarda-chuva. Com o porta-couves retirado à Dona Etielbina, alforges e um par de guarda-lamas, a fazer pendant com o seu estilo metalizado, tinha ali mesmo à mão uma bicicleta robusta, ideal para a cidade, e para o parque. Adaptei-a para os dias diluvianos.
E foi no cumprimento das suas novas funções que de forma estrondosa me alertou para o seu estado imutável. O pneu traseiro não mais aguentou a pressão, teve um valente rasgão, e da ainda original câmara-de-ar, foi um ar que se lhe deu! Durante toda a década de parcerias, nem um pneu furado. O primeiro, e sempre haverá uma primeira vez, chegou com estrondo. Pummm… Deu o estouro! O que me valeu foi estar mesmo à porta de casa com o saco do pão pendurado no guiador. Pois que venha de lá um par de galochas novas para a Maria, que ela, e eu, bem merecemos!
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