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Guerra civil em Lisboa

Tiago Mota Saraiva

“Não querendo desvalorizar os quilómetros de ciclovias construídos, estes têm sido projetados preferencialmente como circuitos de lazer e não de trabalho. Nos raros casos em que se encontram em eixos centrais, as ciclovias são afetas aos passeios, transformando-se inevitavelmente nos caminhos preferenciais de cidadãos com mobilidade reduzida em fuga à calçada.

Mas, se este problema de desenho tenderá a ser resolvido com o passar do tempo, há um problema cultural que urge resolver.
A maioria dos automobilistas não sabe conduzir em coexistência com o ciclista. É raro o automobilista que não se cola à bicicleta e até buzina quando o ciclista lhe condiciona a velocidade em vias de sentido único – ainda que em zona residencial ou de velocidade condicionada – ou que tem a perceção de que o ciclista tem uma largura de segurança maior que o espaço que ocupa, pois pode ter de se desviar de um buraco ou de um carril de elétrico que, para o carro, é indiferente.

Se é certo que a condução dos ciclistas não está isenta de erros, aquele erro coloca em causa a sua vida e, na pior das hipóteses, amolga a chapa do automóvel. Os riscos são desequilibrados; por isso, urge desequilibrar a lei. Tal como sucede em tantas cidades, é fulcral assumir a prioridade do ciclista sobre o automóvel nos eixos centrais e, como princípio para resolver conflitos, dar razão ao ciclista. É pela lei que se pode alterar a cultura de que o ciclista deve sair da estrada para deixar passar o automóvel.”

(o artigo completo pode ser lido em  https://www.ionline.pt/artigo/502205/guerra-civil-em-lisboa-?seccao=opiniao_i)

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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Uma resposta a can’t miss [149] ionline.pt/artigo

  1. O grande legado de António Costa, as ciclovias… Metade não passavam de bonecos no chão que entretanto foram apagados pelos automóveis!
    A grande remodelação da Av. da Liberdade, fez com que essa via se tornasse impraticável, excepto com muito boa vontade dos autocarros.
    Só tretas…

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apenas pedalar ao nosso ritmo.