sola rota

Assim, quando se trata de pneus de bicicleta, daqueles fininhos com grande tendência para furar, é melhor não dar a chance ao infortúnio. Um pneu de 23 milímetros, lisinho, leve, com um toque suave na estrada, é tudo o que se quer para que a bicla rode rapidamente. Tem é o inconveniente de se desgastar mais depressa, propiciando maior risco de furar, como dei conta há dias ao perceber que andava de sola rompida.

borracha queimada

Quando se trata da escolha/compra de pneumáticos velocipédicos, temos de investir em mais detalhes para os padrões das ditas bicicletas de estrada/corrida: a qualidade, certas características como boa aderência no piso molhado, a largura, resistência contra furos e, é claro, o preço. Com o novo par de sapatos calçados na veloficina, a gOrka vai já no terceiro jogo de pneus. Desta vez apostei mais no atributo da resistência do que na leveza. Eu sei que certas particularidades, como a borracha rugosa e um perfil mais alto devido à protecção contra furos, afectam o desempenho mas, embora não durem para sempre, dá-me garantias de maior durabilidade e segurança.

As bicicletas de estrada servem para tudo, inclusive para ir para o trabalho. Em comparação às biclas urbanas ou híbridas, parecem realmente um pouco limitadas no conforto e na capacidade de carga, mas não na funcionalidade. Com um pneu de “turismo”, de 25 ou 28 milímetros, com boas características de resistência e protecção anti-furo, as biclas de estrada estão aptas a pisar vidro espalhado pelas ruas da cidade. Mas atenção, nem sempre o inconveniente furinho provém do lado do pneu!

Certa vez, numa saída curta por Leça da Palmeira, tive três furos em menos de uma dúzia de quilómetros. Foi num final de tarde agradável, sob um sol exuberante e constante grasnar das gaivotas a fazer-me companhia que traquejei na minha habilidade de trocar câmaras de ar. Depois, como resultado do terceiro furo consecutivo na mesma roda traseira e sem mais nenhuma câmara sobresselente no kit, nada mais me restou do que rumar a casa, dando à bomba a cada quilómetro pedalado. Não é que seja aborrecido remendar câmaras de ar, isso até sei fazer direitinho, mas porque a interrupção indesejada estraga o bom fluxo das pedaladas e dos pensamentos, que fazem de um giro de bicicleta um puro prazer, ter um furo é das poucas panes que nos fazem perder tempo, ficar com as mãos sujas e dedos doridos à custa da borracha de um pneu teimoso. Já em casa, depois de vistoriado o pneu e as câmaras, que para meu espanto tinham ambas um furito a dois centímetros da válvula e no lado oposto do rodado, voltei a guardar a carteira. Ao contrário do que poderia pensar ser a razão de tanto contratempo, proveniente do pneu, foi a fita de protecção do aro que descolou, deixando a descoberto uma aresta no alumínio. Com a fitinha reposta e  reforçada no seu sítio, ficou com uma cama fofinha para acomodar a delicada borracha e, ao menos, nunca mais fui surpreendido por esse lado.

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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