Há meses brotaram dispersos, que nem cogumelos, bicicletários pelo Porto. A cultura da bicicleta tem crescido a olhos vistos na cidade e lentamente o município da Invicta vai entrando na onda. A bem da verdade, os bicicletários não têm tido a taxa de ocupação esperada, talvez porque não estejam nos melhores locais, porque têm arestas agressivas à pintura dos quadros, ou simplesmente porque o ciclista urbano continua a dar preferência ao redondinho poste no meio do passeio!
O grupo no Facebook Ciclismo Urbano em Portugal está atento a estas coisas e não deixou escapar a novidade. Há mais um parque de diversões… de bicicletas cá no burgo. Mas este não é um bicicletário qualquer. Foi construído como mandam as regras e, maravilha das maravilhas, está implantado num parque de estacionamento automóvel, no parque municipal da Trindade. O espaço que era destinado ao parqueamento de dois carros, a muitos cêntimos / hora, foi revertido para que pelo menos dez bicicletas possam ali ficar estacionadas, gratuitamente.
Ontem mesmo, com o pretexto de ir deglutir uma torrada à Império, fui lá na Cósmica experimentar a garagem. Perto da estação de Metro da Trindade, do edifício da Câmara Municipal e a dois passos do Bolhão, o parque encheu-me as medidas. Estava vazio, eu sei, mas sei também que aos poucos o pessoal das biclas vai perceber e vai deixar ali as bicicletas. Depois da boa localização, o segundo ponto a favor é a acessibilidade. O acesso faz-se a pé, pelo passeio da Rua Fernandes Tomás e, logo à entrada do parque, dá-se conta do espaço reservado às biclas, bem sinalizado. É um espaço condigno onde estruturas metálicas, dez robustos tubos arredondados em U invertido e chumbados no cimento, podem dar suporte a várias bicicletas, garantindo que se possam prender ordenadamente pelo quadro e pela roda frontal, com um aloquete U-lock ou cadeado. Outras vantajosas particularidades deste parque são a sua segurança (presenciei a permanência física de um funcionário, na maior parte do tempo) e o excelente abrigo contra os elementos da natureza, o sol e a chuva. Ironicamente, mesmo ao lado, está uma máquina de pagamento!
Depois, bem alimentado e motivado, desci ao rio para pedalar marginal afora, numa volta relaxada até casa. Junto ao Castelo do Queijo resolvi parar e aproveitar para “mudar o óleo”. Ali, no Parque da Cidade, bem junto à parede do Sea Life e às instalações sanitárias públicas, existe um pseudo-bicicletário… um empena rodas mesmo! Está escondido, sem segurança de nenhuma espécie, onde mal se consegue colocar a roda e deixar a bicla estável. Não encontrei forma de usar o U-lock. Aquilo não serve e é o contraponto do que deve ser um bicicletário em condições, do parque onde antes tinha estado. Foi só deixar lá a bicla o tempo suficiente para a fotografia e uma mijinha rápida!
realmente bem localizado! provavelmente a experimentar ainda neste fantas 🙂
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que bom que tem gente inteligente!
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