Aprender a andar de bicicleta é um processo tão natural como os primeiros passos na vida. Aos poucos se domina o equilíbrio, reforçam-se as pernas, o estímulo, a confiança e atinge-se o objectivo. Quem aprende a pedalar nunca mais esquece. No início são as brincadeiras, as voltas ao bairro, os tempos livres. Mais tarde, voltam as pedaladas como um esquema de queimar as gordurinhas e um decurso de lazer. O desafio da prática desportiva quase que vem por acréscimo. Cogitar o uso da bicicleta como meio de transporte é que são elas. Há a questão social, o status da bicicleta, o que dirão os outros. Desculpas e mais desculpas. Depois de se empreender uma espécie de desbloqueio mental, de um dia experimentar a dar a primeira pedalada até ao emprego, facilmente se chega à conclusão que afinal não é assim tão difícil, nem inseguro. É principalmente um hábito saudável, económico e motivador. Os comentários de admiração e ânimo que ouço são disso exemplo. Os de desencorajamento já os esqueci.
Usar a bicicleta como meio de transporte é também um processo evolutivo. Readquirir o hábito de pedalar, usando a bicicleta para algumas actividades mais próximas da residência, como ir à padaria, à farmácia ou ao café ter com os amigos. Usar a bicicleta nos dias de menor movimento como sábados e domingos. Quando se sentir seguro, iniciar lentamente percursos cada vez mais longos, mesmo que associando outro tipos de transporte, como o metro, o comboio ou até o próprio carro. Com a bicicleta na rua o ideal é usar as vias alternativas e de menos movimento, mas o mais importante é o planeamento. É tudo muito simples, basta se organizar e pesquisar o percurso. A confiança aumenta à medida que cada um se familiariza com o trajecto. Em regra, o percurso que será feito de bicicleta não será o mesmo que se faz com o carro. Aos poucos vão se alargando percursos e aumentando distâncias entre o ponto de saída e o destino. Com a prática diária do “andar de bicicleta”, aumenta a percepção visual, reforça o físico e a mente, ultrapassando as dificuldades e os medos, esquecendo o vento e a chuva.
Paulo, acho este post impec.
Dá-me licença que o prante no meu blog, com a devida referência ao original ?
Abraço e boas pedaladas,
Francisco
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Esteja à vontade Francisco. Assim que me for possível lá irei espreitar.
Abraço e boas pedaladas.
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