farrapo velho

Antes de mais nada espero que os meus amigos tenham passado uma noite de Consoada e um dia de Natal com uma pontinha adoçada de satisfação. E o meu, perguntam vocês? Pois parece que me portei bem este ano e fui afortunado por mais um BOM NATAL, por mais uma celebração familiar que me permitiu retemperar energias de felicidade, todos à volta da mesa acompanhando o mastigar compassado das batatas e do bacalhau (ou da pescada para os mais esquisitos) e das doçuras da mamã.

E na calma do dia seguinte, até para “esmoer” as calorias natalícias, saí pela manhã enregelada a pedalar para me aquecer e deixar-me esvoaçar com as recordações da noite anterior. Deixar o pensamento percorrer na presença das grandes figuras do presépio da nossa existência, no sorriso lindo da avó Nanda, na sua constante preocupação que tudo estivesse bem saboroso, e do avô Eduardo que desta vez recebeu uma prenda minha para ler o Porto. Da cada vez mais amorosa e necessária companheira da minha vida e do meu filhote. Tudo num ambiente pachorrento de paz e amor, com o desembrulhar das prendas entre as traquinices da cadela Fofa e do gato Cookie.

Mas passados estes dias frenéticos de sorrisos, de compras, de barretes, de essémesses, de televisivas mensagens hipócritas de bom Natal, vai voltar tudo ao mesmo… vai voltar a crise, o debate político de tasca de aldeia, as manchetes televisivas qual “carrinha do peixeiro”, os jornais de caserna, o miserabilismo nacional, a falta de confiança, a falta de ideias, e a culpa que é sempre dos outros… o farrapo velho de sempre!

 

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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4 respostas a farrapo velho

  1. Teté diz:

    >É verdade: o facto de termos um bom Natal com a família, não dá peso na consciência destes poltiqueiros da nossa praça de serem (e continuarem) hipócritas todos os dias, foi só aproveitar mesmo o intervalo!A pedalar, pá? Sabes que não é meu costume, mas mesmo que quisesse, depois o que é que dizia aos que cá vieram jantar? :)))

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  2. >Ná, isto das festividades dura até Março, mais ao menos. Aí sim, volta a conversa da crise, do FMI, etc, etc, etc.Abraço, feliz 2011!

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  3. >Por cá tudo bem, paulofski ! :))Esta quadra natalícia é de facto e de longe a melhor do ano ! A família, os amigos, os prazeres da mesa … !Não há nada melhor !…o problema é esse : o que é bom passa depressa e depois lá vem mais do mesmo ! :((Abraço.

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  4. >Ainda temos a passagem de ano para animar. Depois é que vão ser elas!

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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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