“GESSO CHALLENGE… 16 de novembro. Mais pormenores brevemente”.
E depois do “brevemente”, novo post:
“Entendam que é um passeio completamente desorganizado, regido por uma anarquia total (pelo menos assim tem sido). Se esperam médias altas, essas irão aparecer apenas na descida da Graça e nem para todos. Resumindo, uma voltinha domingueira. Mas mesmo sendo completamente desorganizado, há alguns pormenores a terem em conta…
– Dia 16 de novembro pelas 8h.
– Haverá uma paragem sensivelmente a meio para um cafézito e umas 200 fotos.
– Para aqueles que queiram fazer apenas o percurso da ida, iremos proporcionar meio de transporte de regresso… A vossa própria bicicleta. Por isso se querem regressar a casa tratem de vida ou dêem ao pedal 😛
– Toda a despesa feita pelo “organizador” durante o dia terá que ser suportada pelos participantes 😛
– Como sempre, este será o percurso que eu irei fazer, mas todos são livres de, regidos por uma anarquia total, fazerem aquilo que bem entenderem.
[…]
“Ainda está muito escuro lá fora”, conferia a meteorologia com o telemóvel na mão e fazia contas a quantas camadas de roupa iria precisar.
Encontro o Senhor Machado à hora marcada, e a par se rumou, a parlar até Ermesinde City, para desespero de um ou outro enlatado, para aquecer um bocado, para o rendez vous e partida oficial na Tasca da Trabancela.
Mais um ano e mais uma edição, a nona, deste mega evento de renome mundial, internacionalmente conhecido como Gesso Challenge.
Basicamente, diz o organizador, é manter a tradição de anos anteriores.
Reunir alguns masociclistas na tasca, pagar o café para formalizar a inscrição, e desde logo encetar a pedalada ao alto da nossa tão querida Graça para uma boa dor de pernas, comemorar a amizade e esperar que para o ano se repita… o evento, pois claro.
Tudo começou com uma ida do nosso anfitrião ao cocuruto do Monte Farinha, o alto da Senhora da Graça conhecido a nível nacional, e não só, porque é ali que se cumpre anualmente uma das chegadas mais emblemáticas da Volta a Portugal em Bicicleta.
Esta estrada é a síntese entre o esforço heróico de quem se aventura a subir os 8, 4 quilómetros no pico do verão e a recompensa de uma paisagem arrebatadora. Santuário dos aficionados das pedaladas, os 7,2 % de média de inclinação desta mítica subida são um desafio de referência para qualquer ciclista, antecipando o possível sobreaquecimento do motor.
Mais uma vez consegui a proeza de ser o último a chegar lá acima!
Mas se no pico do verão a recompensa da escalada é a consequente relaxante e refrescante descida, num dia outonal como este a descida não teve assim tanta graça. Vestida toda a roupa para enfrentar o gélido atrito da descida, só mesmo a vontade de chegar à pizzaria, sonhando com a crepitante e fumegante Quatro Estações tamanho familiar à minha frente, deu para curtir uns largos minutos de descida rápida quase em hipotermia.
Aquele sábado tinha tudo para que me convencer ficar esticado no sofá com a mantinha nas pernas, ao comando do zapping mode. Mas não. Um tal de Frinxas el Térribelé®️ havia lançado o desafio e eu, de novo, caí que nem um patinho.
Qual gesso challenge qual quê?! GELO CHALLENGE, isso sim.
Depois das despedidas à Senhora, foi rolar calmamente pela encantadora ecopista do Tâmega até Amarante e tomar a consciente decisão do desvio para Vila Meã e recorrer aos préstimos da CP, esperando pelo climatizado comboio urbano para o Porto.