Com um destino real em mente, vou por onde me dá a real gana. Nenhuma rota previamente traçada, apenas a habitual volta ao bairro. Quase sempre pedalo sozinho e guardo ciumento estes momentos sempre preciosos. É tempo para mim, tempo para os meus pensamentos, tempo que ganho no selim da bicicleta e que combina com este tempo mais agradável. O vento pode soprar forte, a estrada pode inclinar, sei que mais tarde ou mais cedo lhe voltarei costas e passarei a desfrutar do seu impulso, da sua velocidade, deixando que a minha pedalada despreocupada e libertadora role nessa direcção. O “commute” do fim-de-semana é a oportunidade para acelerar, para relaxar e deixar a mente vaguear, sem responsabilidades de qualquer tipo. Pedalar por horas, apenas às voltas, perdido na minha onda, na minha praia. E é particularmente arrebatador o quão depressa o tempo voa, quando me detenho para um gole d’água, para apreciar a paisagem e sacar uma fotografia, quando num relance miro o relógio e me dou conta que a manhã inteira já se passou!…
“Caramba… por isso já estava com fome!”
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