De volta a casa depois de um dia de trabalho, eu gosto de arredondar a cidade, alongar o meu percurso e aproveitar o crepúsculo final de um dia solarengo. Isso significa que eu vou tirar algumas fotografias na atracção radical do pôr-do-sol, do mar e da minha bicicleta, que é a marca registada em quase todas as minhas imagens.
Ontem, quando saí à rua, as nuvens cobriam o céu numa camada grossa, como uma enorme colcha toldada e pardacenta. As árvores dançavam ao sabor da ventania, as folhas douradas flutuavam loucas, para cima e para baixo, cobrindo todos os recantos, dando finalmente um ar de Outono.
Desço ao rio, dou o peito ao vento e sigo a minha volta, por Matosinhos. Chegado à Foz, paro por alguns minutos para observar o mar revolto, fotografar, e fico a conversar com um amigo que me encontra. Visivelmente invejoso, eu estou em duas rodas e ele não, olha para o céu carregado e me pergunta se estou a voltar. No seu melhor palpite a chuva apanhava-me antes de entrar em casa. Respondo à sua pergunta sem pensar duas vezes: “Nããã, eu estou apenas a começar a minha dança da chuva!”.
Pois que venha ela, a chuva, que tanta falta tem feito.
És um destemido! Não há chuva que te meta medo… Desconfio que a Tripas se transforma em submarino!
GostarLiked by 1 person
a Tripas sabe nadar, yô
GostarLiked by 1 person
eh eh eh
GostarGostar