
a pedalar para o trabalho
Nunca é demais relembrar as razões pelas quais se pode incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte. São as mais variadas, no entanto uma dessas razões me mereceu maior importância quando adquiri o hábito de pedalar para o trabalho: A pontualidade. Entendo que possa parecer um pouco estranho, mas só será realmente difícil de entender para quem ainda não pedala na cidade à hora de ponta.
Mais do que um dado evidente, trata-se acima de tudo da comprovação de qualquer ciclista urbano no seu commute diário. E a minha dedução é simples: Um ciclista que pedale por vias urbanas a uma velocidade média de 15 km/h. e preveja completar um percurso de 5 km, a sua experiência diária demonstra de uma forma convincente que demorará cerca de 20 minutos a chegar ao destino, sem pressas. Um semáforo vermelho a mais ou a menos, as subidas, o vento, a chuva, tudo isso pouco interfere. As variantes estarão sempre dentro de uma margem de erro razoável.

a voltar do trabalho
Salvo algum acidente de percurso, um furo ou assim, a relação distância/tempo torna o ciclista um cidadão cumpridor dos seus horários, algo que para os habitantes automobilizados (no carro ou em transportes colectivos) nem sempre se torna exequível. Com as facilidades trazidas pelos mapas, disponíveis nas novas tecnologias, um ciclista precisa apenas delinear qual o melhor percurso para saber a distância, e com um simples cálculo matemático avaliar o tempo necessário para que cumpra a viagem pretendida.
Com congestionamentos ou sem constrangimentos, durante as horas de ponta ou a altas horas da madrugada, quem pedala saberá sempre quanto tempo demora ir daqui para acolá, do A ao ponto B e voltar ao ponto A. Com as contrariedades de quem diariamente depende de combustíveis para se locomover, o ciclista urbano torna-se um pouco numa personagem mítica. Ela é capaz de dominar o tempo. A grande verdade é que com a bicicleta se socializa, se aproveita a cidade e se promove a qualidade de vida. Dita alguma experiência das pedaladas pela minha cidade que, com a bicicleta, o andar a pé e o Metro, juntos ou em separado, sustentam a mobilidade urbana.
100% de acordo com este texto
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