era uma vez…

… uma época em que tudo parecia grande e misterioso. Guardada lá em casa estava uma máquina que nos convidava à aventura. Não tinha asas mas tinha duas rodinhas que nos mantinha aprumados. Não tinha foguetões mas tinha dois pedais suficientemente dóceis para nos transportar no espaço. Tinha guarda-lamas para nos manter limpos. Tinha protecção de corrente que nos poupava as bainhas. Tinha um assento que parecia tão confortável como um sofá. Tinha pneus largos que marcavam riscos nos caminhos de lama. E às vezes furavam-se! Tinha punhos no guiador para que pequenas mãos o segurassem firmes. Travões… tinha, mas caso não a fizessem abrandar, uma sapatilha Sanjo fincada no pneu de trás servia para o efeito. Brincadeiras de criança. Da escola vinha com toda a bolina, pasta ao dependuro e um amigo de pendura. Do campo da bola chegava todo sujo e com os joelhos esfolados, tocando a campainha. Eram bicicletas duras e feitas para durar. Mesmo quando precisava de uma reparação, umas ferramentas da caixa do pai davam para se desenrascar. -Oh, deixa-me dar uma volta? E eu deixava. Se até uma criança de oito anos o podia fazer… numa Órbita!

                      Paulo      Paulo e Tó

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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