Nos idos tempos da escola primária, toda vez que voltávamos à classe a senhora professora pedia que fizéssemos uma redacção composição: “As Minhas Férias”. Sim, meus amigos, sou do tempo em que redacção ainda se chamava composição. Quando as férias eram passadas em casa, na cidade, era sempre a mesma ladainha: acordar tarde, passar a tarde a jogar à bola e, sempre que nos era permitido, as voltas de bicicleta não eram muito prolongadas. Mas quando a gente, e essa gente era eu e o meu irmão, íamos para as aldeias dos nossos avós aí a composição já tinha um texto mais apelativo: acordávamos com as galinhas, brincávamos nos campos, comíamos fruta das árvores, e voltávamos todos sujos, tomávamos banho nas águas límpidas do ribeiro, e voltávamos todos queimados, felizes com muito para contar. Só que lá não tínhamos bicicletas! Os bichos eram outros. E este relambório todo só para contar que repeti de bicicleta um percurso que dantes fazia de carro ou comboio, quando ia às aldeias dos meus avós. Assim, em três dias de puro cicloturismo, desta vez na companhia dos meus amigos Jacinto e Alex, fomos a pedalar até Mós, terra natal do meu pai, em Freixo de Numão, Vila Nova de Foz Côa, passando, na ida e na volta, pelo Lugar do Castelo, terra natal de minha mãe, em Frende, Baião. São cerca de quatrocentos quilómetros, grande parte dos quais ao longo das margens do Rio Douro, ora subindo e descendo montes, ora atravessando vales floridos, pelas míticas estradas nacionais 108, 222 e 324. Concluindo a minha composição, curti bastante estas férias, especialmente os três dias reservados para cicloturistar, sob muito calor, do humano e do climático, entre boa companhia, bons repastos, e um grande pão da aldeia que tive de levar para casa no porta couves, recordando ao longo do caminho alguns lugares marcantes da minha juventude. As férias nunca são grandes, são boas! Férias tranquilas, agradáveis e baratuchas, de bicicleta é coisa certa! Ficam as fotografias.
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