Na bicicleta o frio não se estranha, entranha-se. Afinal estamos no Inverno, o que não é de estranhar portanto que mesmo cheio de roupa mal coloque o nariz fora da porta sinta um arrepio na espinha. O dia desponta bonito, mas não eram aqueles imberbes raios de sol reluzindo no aço da bicicleta que me fariam aquecer. Ao pedalar bem cedo, para o trabalho ou outro sítio qualquer, estamos livres e ao mesmo tempo expostos aos elementos matinais. De luvas grossas e gorro a tapar as orelhas, mais que preparado para enfrentar aquele briol, dou as primeiras pedaladas do dia. O ar gelado morde-me a pele, penetra nas narinas e arrefece os pulmões. Rajadas de vento d’Este esbofeteiam-me o rosto e acordam-me de vez. Automaticamente levanto o rabo do selim, activo as pernas para dar ritmo aos pedais. Escalo o topo da montanha, neste caso o viaduto sobre a VCI. Encolho-me no cachecol e prossigo, fungando. Lentamente a energia da pedalada reconforta, o movimento pedaleiro revigora e equilibra-me os níveis do humor. Ao arredondar a primeira curva já sinto a diferença com o corpo a aquecer, mas que está um frio do carago, lá isso estava!
Chegado ao destino, estou mais que pronto e pré-aquecido para começar a trabalhar.
tens de montar um ar condicionado na bike… olha que no verão em algumas subidas também dava jeito 😀
um excelente 2015… carregadinho de boas pedaladas! 🙂
GostarGostar
😀 já que o dizes, olha que um aquecedor na bicla é coisa que já me tinha lembrado…
https://nabicicleta.com/2013/11/18/aquecimento-central/
Obrigado Paulo. Desejo que seja mesmo um bom ano. Feliz 2015 com belas fotografias.
GostarGostar