Nos meus tempos de escola primária, toda vez que voltava à sala de aulas a profe pedia que fizéssemos uma
redacção composição: “As Minhas Férias”. Sim meus amigos, ainda sou do tempo em que se chamava composição ao texto escrito, saído da nossa cabeçinha. Quando a gente, e essa gente era eu e o meu irmão, eramos expatriados pelos nossos pais para aldeia dos avós, e era óptimo: acordávamos com as galinhas, nos aventurávamos pelos campos, subíamos às árvores para catar frutas, nadávamos nas águas límpidas do rio e voltávamos todos sujos, felizes com muita coisa para contar. Ou quando o agregado familiar partia em viagem com a casa às costas, por esses caminhos de Portugal no nosso Fiat 127, era uma vida de cigano: acordar tarde, ir para a praia e voltar torrado do sol, passar a tarde sem muito que fazer (não havia televisão, quanto mais…!). E assim o tempo se ia passando e as férias escolares rendiam, pois naquele tempo perduravam por mais de três meses.
Este relambório todo só para dizer que não há férias mais tranquilas, agradáveis e baratuchas que as de Setembro, e as minhas três semaninhas de “folga” já se acabaram. Estou mesmo tranquilo… a sério! A primeira manhã de trabalho está a terminar e nem dei pelo tempo passar! Concluindo a minha composição, curti bastantes dias de sol e de chuva, de muita chuva. As minhas bicicletas me carregaram por vários lados: Aproveitei a magia das manhãs, recordei alguns lugares marcantes (Aveiro, Régua, Lamego…), conheci novas vias cicláveis, novas paragens, até dei um salto à Galiza a convite do meu grande amigo Jacinto Oliveira para o acompanhar e ir ver passar os ciclistas da Vuelta!
Ir para fora cá dentro é o que está a dar, e de preferência a pedalar.
o que é bom tem tendência a acabar… mas virão outras! 🙂
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