Lá vai o cavalo de ferro, Douro acima, pelas curvas do rio.
Se eu podia ir também? Podia, mas, já se sabe, não seria a mesma coisa!
Quando estou sentado no selim de uma bicicleta, não há nada entre mim e o mundo que me rodeia. Não há vidro, não há metal, não há interior climatizado que me contenha a liberdade e o tempo. Apenas o devaneio e o espaço. Apenas o ar que respiro, que me torna vivo. Livre, a ambiência chega natural e envolve-me nas variáveis condições. Nos humores do vento e na ambiguidade da estrada. Os sentidos, esses, são seduzidos a cada curva, enquanto miro o Douro na clássica ida e volta ao Castelo, o Lugar que tem um lugar cativo no meu coração.


![fotocycle [278] Pai Natal e o Avô já pedalam pela cidade](https://i0.wp.com/dgtzuqphqg23d.cloudfront.net/H0p3Qixkh6ytZQv4wRWnbw6iA2MHlcZzCllVPb3MSq8-2048x1536.jpg?resize=200%2C200&ssl=1)













