No meu mais longo belo caminho do trabalho para casa, passo na ciclovia da Foz em quase toda a sua extensão, em direcção a norte.
O tramo inicial da dita via, o asfalto da Rua Coronel Raul Peres, foi há tempos redesenhada. A cilovia foi sacrificada em largura para que a rua voltasse a ter dois sentidos de rodagem para os veiculos motorizados.
Considerando que a ciclovia está, como deve estar, na faixa de rodagem, os pilaretes estão ali com uma função específica: impedir a invasão da ciclovia por outros veículos.
No entanto, e como sucede repetidamente em outras vias interditas aos automóveis, a ciclovia da Rua da Constituição é um desses (maus) exemplos de fartar vilanagem dos senhores condutores nos espaços onde não foram plantados pilaretes, porque existem paragens de autocarro, passadeiras, entrada/saída de garagens, os espertos dos automobilistas aproveitam a deixa e deixam os popós estacionados “à lagardère”, tornando assim a funcionalidade da via tudo menos ciclável.
São raríssimas as ciclovias bem desenhadas. Na sua grande maioria não servem e tornam a vidinha dos ciclistas uma pista de obstáculos, havendo casos até que podem mesmo provocar graves acidentes.
Na tarde de terça-feira, mais uma vez precenciei um desses episódios.
Ao iniciar a minha passagem pela ciclovia dou com o imbecil que irás vêr na foto naqueles preparos. Travei e fiquei ali a observar a cena. O autocarro a tentar a passagem e o idiota abusivamente na ciclovia, em cima da passadeira, a ocupar parte da faixa de rodagem. O autocarro aperta-o e o imbecil dá finalmente sinal de vida. Depois de registada a foto avanço devagarinho, imaginando qual das seguintes desculpas esfarrapadas o imbecil terá na manga:
a) “ah e tal, estou a trabalhar!”;
b) “é só um minuto, vou espreitar a montra da Dourobike”;
c) nenhuma das anteriores.
Não obtive resposta mas não foi dificíli perceber que era “nenhuma das anteriores”. Afinal o imbecil estava ali a estorvar só porque lhe apeteceu ser guia turístico. Armou aquela confusão apenas para satisfazer a sua curiosidade e a de três simpáticos sexagenários que transportava dentro do carro!
Apeteceu-lhe mostrar o revolto oceano com as ondas a rebentar contra o molhe, e a boa intenção do imbecil correu lindamente, como se pode ver!
Quem sabe, eram pessoas que talvez tenham grandes dificuldades de locomoção… ou talvez… o tipo seja só ESTÚPIDO!
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Sim, seria uma possibilidade plausível que poderia até justificar tal comportamento, mas pelo que pude observar ninguem entrou ou saiu do carro.
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O verdadeiro “chico-esperto”!!!
aquele autocarro podia ter dado uma ajuda a ver o mar um pouco mais próximo…
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pois o chico não foi lá muito esperto, atrapalhou meio mundo, atraiu atenções, e não fosse lesto a dar de frosques ainda recebia um postal de boas festas.
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