receita para a doçaria natalícia

Véspera da véspera da véspera de Natal, recebo uma prenda antecipada, em forma de desafio, do meu amigo Rui: “Sábado, como é que é? Dámos uma volta para preparar a consoada?” Bora lá, mas tem de ser uma boa volta, retorqui. E assim fiquei incumbido de delinear um percurso variado para saborear o doce sábado que se previa, ensolarado e com temperaturas amenas, para comer pedalar até fartar.  Vai daí lembrei-me que ainda não havia provado uma especialidade cá da região, a Ecopista do antigo ramal ferroviário entre a Póvoa e Famalicão.  Espreitei o sitío do Nelson para reler e rever o postal, o que achei uma boa ideia fazermos algo do género.

Assim, na véspera da véspera de Natal raptei a Metallica, a bicla do meu rapaz, e fui na companhia do Rui dar a voltinha preparatória para a doçaria natalícia. Ninguém diria que já é Inverno… pronto já é Inverno, mas o Sábado estava excelente. Um céu azul luminoso, a manhã que aquecia lentamente, nem uma pontinha de vento. O passeio foi fantástico. Até à primeira paragem para um cafezinho, em Famalicão, deslizamos pelo asfalto das EN’s 13, 306 e 309.

Encontrada a estação de combóios, pisamos pela primeira vez os calhaus do antigo ramal ferroviário, transformado numa Ecopista e nos deliciamos com as belíssimas paisagens rurais, desfrutamos dos aromas campestres, do cheiro a bosta mesmo, deixamo-nos levar pela tranquilidade e pasmaceira que um trilho no meio da floresta, um ambiente de grande beleza pode oferecer, aqui e ali interrompida pelos vários atravessamentos de arruamentos e estradas que nos aconselhavam ter cuidados redobrados.

 

 

Antes da paragem para almoço, aproveitamos o embalo e subimos ao cocuruto do Monte S. Félix para apreciar a belíssima panorâmica em redor. Depois do repasto, completamos o que faltava do trilho da velha ferrovia, atravessamos a Póvoa para, depois de Vila do Conde, regressar ao Porto bem juntinho ao mar. Também para mim foi uma estreia fazer a pedais o percurso entre Azurara e Lavra por arruamentos e passadiços. Tudo ciclável, exepto no passadiço daa Praia de Angeiras onde fomos obrigados a desmontar para subir e descer uns lanços de escada com as biclas às costas!

Passeio a repetir, e deixo o registo feito no Strava para quem quiser ter uma ideia da volta.

Obrigado pelas dicas Nelson.

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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Uma resposta a receita para a doçaria natalícia

  1. Nelson Branco diz:

    Obrigado pela referência Paulo…
    Sempre que amigos me perguntam um passeio para fazer de bicicleta e em família eu sugiro esta ecopista (sentido Famalicão – Póvoa). Possibilita chegar até às proximidades do inicio do percurso de transporte públicos, logo o carro pode ficar na garagem, a viagem de comboio, só por si, é uma aventura. Depois porque percorre uma paisagem bonita, quase sempre afastada do tráfego rodoviário e “termina” numa cidade com “coisas para ver” bons locais para almoçar e lanchar e dá a possibilidade de novo meio de transporte “metro” para o regresso. Aqueles com miudos mais crescidos ou com preparação extra… podem ser percorrer a ciclovia da marginal atlantica, visitar Vila do Conde, onde também há “muito para ver” e paragem do metro.

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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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