‘Rui Costa: O maior inimigo do ciclista são alguns automobilistas’
“P. A prática do ciclismo amador tem aumentado exponencialmente em Portugal. Como vê esse fenómeno e que conselho dá aos praticantes?
R. Sei que tem havido um enorme aumento e fico feliz por isso. O meu conselho é que se gostam mesmo desta modalidade que se apliquem ao máximo. Não é uma modalidade fácil, mas com talento, empenho, trabalho e honestidade consegue-se estar entre os melhores.
P. Qual o maior inimigo de um ciclista profissional? E qual é o seu maior aliado?
R. O maior inimigo são alguns automobilistas e o maior aliado talvez seja a natureza.
P. Se for possível, deixe uma mensagem aos seus adeptos, que vêem no Rui um dos maiores nomes do desporto em Portugal.
R. Eu digo sempre que não tenho fãs, tenho amigos. Se me apoias, meu amigo és. Por isso, a todos os meus amigos, quero enviar um enorme abraço de gratidão por todo o imenso apoio que me dão ao longo da época. As vossas palavras e incentivo dão-me uma força extra. Obrigado, amigos!
(Podes ler a entrevista na íntegra aqui)
Creio que Rui se engana quanto ao maior inimigo dos ciclistas. Primeiro nós ciclistas, aqueles que adotam a bicicleta como o meio de transporte adequado no meio urbano, compreendemos que há um problema ecológico pela frente e que existe uma questão de saúde, ambos, ligados a esta espécie invasiva chamada veículo automotor. Os automobilistas, conscientemente ou não, são vítimas da indústria que mantém a espécie invasiva viva e ainda crescendo. É esta indústria e os que se encontram por trás dela, bancos, organismo financeiros, enfim toda a máfia que lucra com a existência do automóvel, o nosso grande inimigo e inimigo também do planeta em que vivemos. É preciso corrigir esta forma de ver até mesmo para podermos liberar o ser humano, guiador de automóvel, para conseguir que ele venha ser cicilista para o seu próprio bem e para a saúde de nós todos.
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