A forma como a cidade vê o uso da bicicleta está norteando mais cidadãos a transformar o seu dia-a-dia. Ver tantas pessoas que pedalam diariamente é o melhor indicador de quão ciclável é a nossa cidade. Quanto mais usarmos a bicicleta, melhor cidade teremos para todos e todos os que enfrentam o trânsito a pedais, sobre duas rodas, são agentes da transformação.
A bicicleta é considerada um meio de lazer mas é em primeira instância um meio de transporte, limpo, eficaz, barato, que merece ser respeitada como qualquer outro veículo. É possível aumentar sensivelmente a segurança dos ciclistas se nos soubermos comportar nas ruas e nas estradas. As ciclovias não são um requisito para se pedalar. O ciclista tem o direito de circular com a sua bicicleta na via pública. De fazer parte do processo de mobilidade, compartilhando livremente o espaço urbano com os carros, autocarros, motos e demais veículos. Não basta investir apenas em ciclovias, é necessário investir também em campanhas educativas e na adequação do Código de Estrada à utilização da bicicleta. Devido à falta de cultura dos cidadãos o ciclista enfrenta muitas dificuldades para ter a bicicleta como seu meio de transporte. Existe ainda muito desrespeito e algum preconceito.
A fórmula para pedalar com segurança é a combinação de educação, cidadania, respeito, planeamento de rotas e conhecimento de regras básicas. Sentindo-se capaz e motivado, na bicicleta economizamos tempo e dinheiro, cooperamos com o meio ambiente e de sobra ainda vendemos saúde, disposição e bem-estar. Andar de bicicleta não é só um estilo, é uma opção sensata e agradável de vida.