Amigos… Este poste está reservado a quem volta e meia quer desamarrar uma dúvida, ou seja, me pergunta que bicicleta deve comprar. A minha resposta é sempre a mesma: que compre aquela que se ajusta melhor ao que pretende fazer com ela! Se vai apenas sair para pedalar pequenos passeios ao fim de semana, comprar uma bicla cara é um disparate, mas se vai todo dia para o trabalho com ela, não é!
Quem procura comprar uma bicicleta, para uso urbano, aventurar-se nas estradas e nos parques ou passear na orla marítima, talvez tenha dificuldade em escolher a bicicleta ideal. Entre modelos nacionais e importados, as diferenças são imensas e no meio de tantas possibilidades corre-se o risco de optar, por impulso, pelo modelo menos indicado. As categorias básicas são: as bicicletas de passeio (onde se incluem as urbanas), as de aventura (como as BTT’ês por exemplo) e as bicicletas de estrada (para pedalar em velocidade). Na escolha de uma bicicleta deve primar por prestar atenção a pelo menos três quesitos: a qualidade do material, a ergonomia e tamanho do quadro, os ajustes do selim e do guiador. Claro que o gosto pessoal de cada um, acessórios e o preço interferem na escolha.
As BTT’ês ou bicicletas de montanha são uma espécie de cavalo de batalha das biclas. Dão para todo o terreno. Com amortecedores, pneus largos e rasgados, são capazes de suportar trilhas, buraqueira, lama, empedrados, etc. Considerando algumas das nossas ruas podemos imaginá-las como bicicletas urbanas depenadas e montadas para ir para a guerra. Com algumas alterações e adaptações servem bem a causa.
As speed são o topo de gama das bicicletas. São mais ligadas ao ciclismo de competição, onde o ciclista anda praticamente deitado, todo “aerodinâmico”. Os pneus são fininhos e o peso o menor possível. Não são confortáveis mas muitos insistem em usa-las no dia-a-dia, por serem rápidas. Possuem mudanças mais pesadas e travões simples porém eficientes. São bicicletas feitas para o asfalto que sofrem muito quando o piso é irregular. Há também toda uma gama de bicicletas rotulados como “touring” que são extremamente bem equipados para longas deslocações e ciclismo utilitário. Estas bicicletas provêm de uma longa linhagem que remonta às décadas de 80 e além. Em alguns casos, representam a mais refinada bicicleta clássica do mercado.
Para quem almeja sobretudo pedalar na cidade a melhor opção é a bicicleta urbana. São as utilitárias da “classe” ou uma espécie híbrida. São bicicletas confortáveis, projectadas para circular em pisos de asfalto ou empedrado, em distâncias curtas a médias e velocidade reduzida a moderada. Tanto podem ser BTT’ês travestidas, speed’s adaptadas, como bicicletas idealizadas para um estilo mais cool. Há uma variedade enorme de cruzamento entre estas categorias e, de facto, alguns dos melhores modelos pendulares no cardume não têm as palavras “comutar” ou “carga” em qualquer parte da sua descrição.
Supostamente, uma bicicleta urbana tem um quadro ergonómico que coloca o ciclista numa posição mais confortável, quase vertical ao pedalar. Tem pára-lamas, bagageiro com porta couves ou alforges e, se quiser, uma cestinha à frente. Os pneus são médios, lisos e oferecem conforto ao rodar. Podem ter protecção de corrente para proteger as calças e selim largo e confortável. Algumas não têm muitas mudanças nem dispõem de bons travões. Falo evidentemente das Pasteleiras, clássicas, rústicas e pesadas. Outras bicicletas poderão ser englobadas no conceito “urbano”, como as Fixas. Minimalistas, têm um desenho antigo, possuem resistentes quadros de aço e não têm sistemas de travagem. Talvez eu tenha deixado uma ou outra fora da lista, de qualquer modo são estas as mais vulgares a circular por aí.
É maravilhoso quando vemos que mais bicicletas específicas para o commuter estão a chegar ao mercado. É uma indicação clara que a opção da bicicleta para o transporte está a enraizar e a crescer. Realmente quem pedala precisa ter em mente que cada bicicleta deve reflectir a cara do dono. Afinal, bicicleta boa é aquela que satisfaz as nossas necessidades e se adapta às nossas medidas. Antes de se decidir, é recomendável dar uma volta e experimentar vários modelos para que esteja ciente que a sua escolha foi acertada. Uma boa sugestão é visitar uma loja especializada.
Pois a Ana dobrou-me a orelha e fez-me vir cá adendar o poste, porque eu não falei das dobráveis, logo eu que aprendi a pedalar numa órbita de dobrar ao meio! Pois tem toda a razão, as bicicletas dobráveis são o tipo de bicicletas mais adaptável a todo o tipo de situações. Dobrando-a em várias partes tornam-se mais fáceis de transportar e de guardar em casa, no trabalho, podendo ser combinada com o uso de transportes públicos. A popularidade destas bicicletas cresceu muito rapidamente nos últimos anos.


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