Tanto faz, seja num dia quente e solarengo ou debaixo de chuva, como está lá fora, eu saio montado na bina para trabalhar e quero lá chegar ligeiro, voando entre os carros engarrafados, gozando com os idiotas lá dentro. Hoje o dia está bem feio.
É segunda-feira, acabaram-se as férias da Páscoa, para quem as teve, e com isso surgiram os retardatários e os preguiçosos. Amaldiçoo os automobilistas estúpidos. Espero o inesperado a cada esquina, a cada momento. A competição nas ruas é feroz, e na luta pelo espaço tenho a necessidade constante de passar à frente dos cardumes de automóveis imobilizados, a fim de ter caminho livre e seguro pela frente. Devem estar a pensar que eu sou o tipo de ciclista que passa os semáforos vermelhos. Claro que eu não vejo isso como parte do desafio. Comporto-me apenas com todo o cuidado necessário e procurando salvar a minha pele.
Ao aproximar-me de um semáforo vermelho, procuro passar os carros parados à minha frente, pelo lado esquerdo, pelo centro da via, e afirmar a minha presença. É vital que me chegue à frente. No cruzamento, abrando, paro e olho. Espero. Às vezes hesito, outras vezes não. Defendo o pensamento geral que os veículos são diferentes e, por tanto, defendo regras diferentes. O direito à estrada do utente velocipedista está em conformidade com os nossos próprios limites. Regras específicas e adequadas para as bicicletas que permita ao ciclista manter a sua dinâmica para se sentir mais seguro, passando por uma luz vermelha para evitar o conflito com os carros. Embora outros julguem que o que fazemos requer um certo grau de bravura, essa bravura só está nos olhos de quem nos vê.
Boa semana.
Bravo. Boa semana Paulo.
GostarLiked by 1 person
obrigado, igualmente Nelson
GostarLiked by 1 person