da temática “pedalar à chuva”, um postal reciclado

a Etielbina sabe nadar, Yooo…

Já chove a potes. Quem é ciclista “invertebrado”, na basófia dos infiéis uns maluquinhos da cabeça(!!!),  vai coleccionando uns truques para pedalar sob torrentes diluvianas.

O primeiro passo é mental. Pedalar à chuva é só um pouco diferente, no entanto requer alguns cuidados extra para uma viagem mais confortável. Um bom casaco impermeável com capuz, um par de calças impermeáveis, respiráveis e leves, adequadas para deslocações no molhado, irão manter a água afastada. Certamente o revestimento pode ressoar devido à transpiração corporal, assim convém pedalar de uma forma mais lenta e suave, até por uma questão de segurança. É aconselhável ter uma muda de roupa no trabalho. Regra de ouro é procurar não ficar molhado e manter-se quente, pois o frio e a humidade são uma maneira rápida de ficar doente. Usar botas impermeáveis ou cobrir os sapatos com capas de neoprene para os isolar irá manter os pés secos. Usar também luvas resistentes à água e um boné com pala é uma boa dica para a protecção dos olhos. O capacete, já se sabe, protege, mas caso seja um integral, sem buraquinhos, irá manter a cabeça seca  É fundamental manter uma boa visibilidade da estrada. Usar óculos não é importante. Embora protejam os olhos da chuva e do spray, depois ao parar num semáforo vão certamente embaciar e deixar-te praticamente cego.

Ter na bicicleta um bom conjunto de pára-lamas é a maneira mais eficaz de evitar o spray vindo das rodas que molha o rabo e a cara. Um porta-couves com alforges impermeáveis é bom para transportar equipamento vulnerável à água, como laptops, documentos ou roupas de trabalho. Recomenda-se o uso de material fluorescente e ligar as luzes para ser notado entre a chuva e o nevoeiro. É recomendável verificar com regularidade a eficácia dos travões. A mistura da água e lama acaba por ser o meio mais rápido para corroer a borracha dos calços dos travões convencionais. Para além disso, a superfície de travagem nos aros fica coberta da borracha gasta e perde bastante eficiência na travagem. Planeia com antecedência e trava cedo. Usar um lubrificante mais consistente na corrente possa durar mais e não dilui tão rapidamente e dificilmente escorre para as rodas no contacto com a água.

Com o tempo seco, muito óleo e detritos foram se acumulando no pavimento. Agora, estas primeiras chuvadas tornam as ruas e estradas mais escorregadias e perigosas. É importante te manteres atento e procurar evitar as superfícies metálicas, tais como tampas de esgoto, pavimentos de aço como os carris do eléctrico, marcações de trânsito pintadas como algumas passadeiras, folhas das árvores, pois todos esses elementos tornam-se muito escorregadios quando molhados. Tão divertido quanto pode parecer, deves evitar passar sobre poças d’água e redobrar cuidados nos pisos empedrados, pois podes encontrar buracos submersos e fundos. Curvar com o piso molhado pode ser complicado e arriscado. Procura usar o corpo de modo a manteres a bicicleta o mais direita possível. Ao fazer isso será capaz de curvar em segurança, reduzindo a velocidade e evitando o slide dos pneus, que inesperadamente pode acontecer devido aos traços pintados no pavimento e às invisíveis manchas de petróleo.

Uma ultima dica, mesmo que pareça cómica: Caso a chuva nos apanhe a meio caminho e não estamos preparados para ela, nem podemos parar e nos proteger sob uma cobertura, um saco de plástico na cabeça improvisa.

Boas pedaladas à chuva

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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