Ainda na passada sexta-feira, durante a comezaina pós Massa Crítica, registamos isto e conversamos sobre isto.
Ontem à tarde, no meu regresso ao Porto, desde a Praia da Madalena pela via marítima de Gaia, encontro este cenário. As fotografias são da parte inicial da ciclovia da Afurada. Mais de duzentos metros de uma via dedicada às bicicletas completamente invadida por dezenas de carros abusivamente largados pelos seus proprietários.
Esta confusão de carros no meio da ciclovia, e ainda a procissão não ia no adro, mais à frente uma multidão de romeiros a caminhar pelo meio da rua, teve a ver com os festejos do S. Pedro. Como encontraram dificuldade em achar uma nesga para estacionar a viatura, vai daí decidiram que aquele tapete vermelho lhes era convidativo e… “prontos, os ciclistas que se pirem que não têm nada que estar aqui”!
Além dos veículos da polícia municipal que barravam as entradas para o centro da vila, e outros que segundo as autoridades seriam “os únicos autorizados a passar”, dezenas de automóveis invadiram passeios e ciclovia sem qualquer restrição, pondo em risco a segurança de quem passava a pé ou de bicicleta.
Se existisse uma verdadeira fiscalização por parte da policia municipal o problema resolvia-se facilmente. Enquanto isso não acontecer, as ciclovias não servem para nada, a não ser para complicar a vida a quem quer utilizar a bicicleta. O que precisávamos mesmo eram uns quantos Arturas Zuokas para esmagar estes empecilhos.
Pingback: textos de Marcos Paulo Schlickmann [18] A estigmatização da bicicleta | na bicicleta
Pingback: 18 – A estigmatização da bicicleta | Transportação