duas vezes por dia, cinco dias por semana, ao fim de semana também.

Dei me conta que já cumpro esta rotina de pedalar para e do trabalho pr’aí há uns 10 anos! Ok, não me recordo bem do meu primeiro commute, mas lembro-me porque razão dei a pedalada em frente: “Já que sou um ciclista de fim-de-semana, porque não juntar o útil dia de trabalho ao agradável acto de pedalar?” Descomplicando o bloqueio mental, mais simples foi adaptar uma das minhas bicicletas para o permitir fazer com a maior das facilidades. Venha chuva, frio, calor, vento, adoro pedalar de todas as formas e tenho bicicletas para tudo.

Ao pedalar diariamente para o trabalho não chego a completar 5 quilómetros. Mesmo quando o tempo está feio, chove a potes e as ruas estão engarrafadas, é muito divertido. Sempre me faz sentir como se tivesse a ganhar algo. E estou. A pior parte é tentar manter a minha bicicleta limpa! Confesso que por vezes fico um pouco a ferver com alguns abéculas ao volante, mas a esses eu tento adicionar alguma calma e desprezo às suas frustrações. “Oh pá, se não estás bem muda-te, pá!”.

O Porto é uma cidade fabulosa para pedalar. Tem muitos altos e baixos, pois tem, mas posso escolher livremente o percurso mediante as possibilidades. Acima de tudo devemos pedalar na cidade com segurança, respeitando as regras e restantes utilizadores da estrada. Como ciclista urbano tenho testemunhado uma mudança no estilo de vida das pessoas, e não é apenas justificada pela pandemia. Há mais “trotineteiros” e ciclistas, o que leva a menos tráfego. Durante o período de confinamento, pedalar pela cidade era uma maravilha, sem carros as ruas e estradas eram como ter a minha própria ciclovia, no entanto, conforme as restrições foram sendo levantadas, mais e mais tráfego apareceu e denotei que algumas pessoas se esqueceram das regras de condução e sobretudo de olhar ao redor!

Um dos meus “passeios” favoritos é combinar áreas urbanas e rurais, e isso é muito fácil com os excelentes parques que temos. Tem dias em que o trabalho pode ser stressante e pedalar de volta a casa é uma óptima oportunidade para obter alguma paz, organizar a cabeça e processar as coisas. Se estou em pulgas, posso sair na bolina e queimar um pouco do excesso de energia. Se estou fatigado, vou nas calmas a apanhar vento nas trombas à beira mar. Se precisar recarregar as baterias, embrenho-me nos parques para obter uma dose da natureza.

A bicicleta não é apenas uma ótima forma de exercitar o corpinho, mas também uma maneira fantástica de limpar a cabeça e soprar as teias de aranha no final de cada dia de trabalho. Posso voltar pelo caminho mais curto. Posso fazer uma demorada viagem de regresso a casa, apenas por diversão, procurar os amigos ou comprar pão. A bicicleta me dá tempo e espaço para clarear a cabeça. Não leva muito mais tempo do que conduzir e realmente ajuda no equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Acima de tudo, aproveito o passeio!

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Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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Uma resposta a duas vezes por dia, cinco dias por semana, ao fim de semana também.

  1. Anónimo diz:

    Faço o mesmo acerca de 3 anos

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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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