É habitual ver uma dupla de militares da GNR sair do Quartel do Carmo em patrulha a cavalo. É rotineiro ver a dupla de militares da GNR pela cidade, a patrulhar passear de cavalo, nomeadamente no eixo Carmo – Foz – Carmo. Antes ir a cavalo do que ir a pé, pois com certeza, mas hoje em dia faz mais sentido, para mim, que os guardas, os da GNR e os da PSP, façam as patrulhas em bicicleta. Mas, tradições são tradições.
Bom, mas mais do que compreender a necessidade de patrulhar e levar os animais à rua, alcanço ainda menos a lógica do dueto cavalgar em plena ciclovia. Ora, as ciclovias já são tão desadequadas aos ciclistas que, para além de terem de levar com a presença de peões assarapantados, corredores amadores e loucos em trotinetes, se lhe acrescentarmos equídeos de grande porte, pedalar por uma ciclovia do Porto fica um bocado pior.
Depois, para piorar ainda mais o cenário, há a questão dos “presentes” que as cavalgaduras depositam no piso betuminoso / ciclável. Ora, se uma pessoa sai à rua com o seu cãozinho para as necessidades do jeco e depois, civicamente, tem de apanhar os cagalhotos para um saquinho, já os senhores guardas nem dão conta do “aliviar da carga”, continuam garbosamente a sua patrulha / passeio, deixando atrás de si um rasto de bosta. Imagino que seja maçador estar a desmontar do cavalo para apanhar a merda que o animal fez!
E o ecológico do ciclista? Bom, se o ciclista pretende dar uso à ciclovia da Foz, que por si só já é uma cagada, tem de torcer o nariz e fazer uma chincane contornando os “polícias” para não borrar o pneuzinho. E é se quer!