a dar água sem caneco

Despego e saio para a minha pedalada rotineira. Nos finais de tarde luminosos a volta aos pedais é mais longa e demorada, o que me acelera o coração e me renova energias. A cada volta aos pedais, procuro me distrair com o Douro e o sol no Atlântico. O prazer ondulante que sinto contra a força da nortada dobra-me o esboço. Os pensamentos fogem soltos, ao vento, esboçados pelo serpenteado azul da orla e do rastro rodado constante dos meus pés. Também é vagarosa a corrente que me empurra pelo verde parque urbano. O paraíso tem este encanto, como se a luz que o atravessa me ensinasse, a mim, o caminho de regresso a casa. Deixo-me ficar na sonoridade da natureza e lanço um olhar de soslaio sobre o lago, numa mise-en-scéne convidativa para fotografar. E é aqui que percebo como a luz já vai ténue, acentuando mais as distâncias, nesta indescritível sensação que é a de estar num lugar que me pertence e ainda assim longe de casa. Aproveito cada momento.

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
Esta entrada foi publicada em o ciclo perfeiro com as etiquetas , , , , , , , , , , , , , . ligação permanente.

apenas pedalar ao nosso ritmo.

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s