Bracarenses no mundo: a pedalar em Aarhus – Capital Europeia da Cultura 2018
“Recentemente viajei até à Dinamarca. Aarhus era destino desconhecido e agora admirado. Podia ter ido a Copenhaga, mas a Copenhaga é mais fácil de ir de avião do que a Aarhus. Podendo ir até lá de carro (estou temporariamente a trabalhar na Alemanha) e aproveitar a paisagem dinamarquesa é para aproveitar.
Coincidentemente Aarhus é Capital Europeia da Cultura 2017 e, portanto, mais um motivo para lá ir.No caminho para Aarhus é fácil de perceber que a cultura da bicicleta é isso mesmo, cultura. Não é um incentivo governamental nem tão pouco um desporto, é algo intrínseco nos dinamarqueses.
Assim que chego a Aarhus, percebo que distância entre o uso de automóvel e da bicicleta é muito pequena. O espaço é partilhado de forma igual (com as devidas proporcionalidades) e a cidade respira mobilidade com espaço para peões, bicicletas, transportes públicos e automóveis a coexistirem harmoniosamente.No caso específico da bicicleta, foi interessante notar que apesar de existirem bastantes infra-estruturas orientadas ao uso da mesma, as pessoas basicamente parecem utilizar o bom senso quando circulam de bicicleta. As regras existem, são de forma geral cumpridas, mas se tiverem que quebrar uma regra o bom senso impera e as pessoas são cautelosas e atentas a quem está à sua volta. Acho que Aarhus transparece um pragmatismo (já observado por mim na Alemanha) em que a primazia é dada ao sentido prático no uso da bicicleta e no não uso do automóvel. Um certo pragmatismo, quanto a mim, valiosíssimo. Que talvez merecesse uma importação para Portugal.” […]
(Podes ler na íntregra o excelente artigo de Luis Silva, publicado no blog Braga Ciclável, em: http://bragaciclavel.pt/author/luissilva/)