não me lixes, deita o bicho no caixote do lixo

Encontrar aquele “tapa sol” de carro largado no asfalto não deixou de ser estranho e, como tal, motivou uma curta paragem para a consequente fotografia, mas este meu divertimento não resulta de algo assim tão engraçado. A quantidade de lixo que vejo espalhado nas bermas das estradas e matas nacionais é deveras desolador. Não é apenas uma ameaça ao meio ambiente como é um perigo a quem circula na estrada, seja a pé, de carro ou bicicleta. Os veículos seguem, mas muitos deixam marcas para trás. É a ponta de um cigarro aceso que pode originar um incêndio. São restos de comida que podem atrair animais e causar acidentes. É um objecto que por insignificante que seja acumula-se tornando-se poluente e combustível para os fogos. Quem passa rapidamente nem se apercebe no lixo acumulado nas bermas e matas à beira de estrada. A maior parte advém do desrespeito dos ocupantes dos veículos, que têm o péssimo hábito de abrir a janela e atirar tudo, achando que a estrada é uma lixeira. Mas, meus amigos, há ciclistas e peões com culpa no cartório. A falta de educação e os maus exemplos multiplicam-se. Um mau exemplo, e que nos entra em casa pelas transmissões televisivas, são os profissionais do ciclismo. Sei que existem equipas de limpeza que varrem tudo por onde a caravana passa, mas nem tudo é recolhido e ficam detritos esquecidos para trás. Quem pedala deve dar o exemplo e evitar acumular lixo por onde passa.

É nosso dever sensibilizar as pessoas para não terem este tipo de comportamento. É nosso dever sensibilizar para não deitarem lixo para as bermas das estradas ou para as matas, devendo deixá-lo nos contentores adequados. É nosso dever sensibilizar os outros para olhar a Terra de uma forma mais ecológica e não atirar lixo para locais onde ninguém vai limpar. É nosso dever dar o exemplo, sensibilizando, lembrando e reflectindo sobre a tragédia recente. O constante apelo que “é preciso limpar as matas” implica também não atirar lixo pela janela, largado para que a Natureza cuide dele e ser afinal combustível para o pasto das chamas, aumentando o flagelo dos incêndios e pondo-nos a todos em perigo.

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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