A forma como a cidade vê o uso da bicicleta está norteando mais tripeiros a transformar o seu dia-a-dia. Ver mais cidadãos que pedalam diariamente é o melhor indicador de quão ciclável é a nossa cidade. Quanto mais usarmos a bicicleta, melhor cidade teremos para todos, e todos os que enfrentam o trânsito a pedais, sobre duas rodas, são agentes dessa transformação.
A bicicleta é geralmente considerada um meio de lazer mas é em primeira instância um meio de transporte, limpo, eficaz, barato, que merece ser respeitada como qualquer outro veículo. É possível aumentar sensivelmente a segurança dos ciclistas se nos soubermos comportar nas ruas e nas estradas. As ciclovias não são um requisito para se pedalar. O ciclista tem o direito de circular e partilhar a via pública. Fazer parte do processo de mobilidade, compartilhando livremente o espaço urbano com os carros, autocarros, motos e demais veículos. Não basta investir apenas em ciclovias, é necessário investir também em campanhas educativas, informar que o Código de Estrada tem novas regras. A ignorância dos automobilistas da nossa praça é epidémica. Infelizmente, existe ainda muito desrespeito e algum preconceito, o que coloca o ciclista perante dificuldades acrescidas na utilização livre do seu meio de transporte preferido.
A fórmula para pedalar em segurança é a combinação do respeito das regras, educação e partilha, planeamento de rotas e uso adequado do equipamento. Sentindo-se capaz e motivado, na bicicleta economizamos tempo e dinheiro, cooperamos com o meio ambiente e de sobra ainda vendemos saúde, disposição e bem-estar. Andar de bicicleta não é só um estilo, é uma opção sensata e agradável de vida.
Concordo plenamente com o que escreves, mas continuo a insistir que ainda há muitos ciclistas que não ligam nada a regras… se queremos partilhar a via temos de o fazer de forma consciente, respeitando as regras de transito, a sinalização e utilizando a sinalética… ainda à bem pouco tempo quase atropelei um “caramelo” que insistiu a passar um vermelho.
E sem dúvida alguma “Andar de bicicleta não é só um estilo, é uma opção sensata e agradável de vida.”
N.
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Todos os ciclistas devem cumprir as regras de trânsito, como qualquer outro condutor de outro veículo. Andar de bicicleta acarreta algumas situações arriscadas, bem sabemos, e algumas estão directamente relacionadas com o nosso comportamento. É com uma conduta assertiva, com o nosso exemplo cumpridor das regras, que moldamos comportamentos, que derretemos os “caramelos”.
Também porque as estradas foram projectadas para servir os automóveis, há momentos em que não encontramos outra alternativa a não ser desobedecer às regras, aos sentidos de trânsito e aos semáforos vermelhos. Com isso não estou a criar desculpas, todos o fazemos Também entendendo o objectivo do ciclista na sua abordagem desnecessariamente arriscada, eu próprio passo por essa experiência do desenrascanço em várias ocasiões e, obviamente, conscientemente, já transgredi. Os ciclistas variam consideravelmente no que consideram ser para si um risco e quanto estão dispostos a arriscar. Diariamente, verifico que existe também uma tendência dos automobilistas para tentarem a mesma coisa.
Andar de bicicleta dessa forma como descreves é como andar numa roleta russa.
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