Para o pobinho a bicicleta é mais um passatempo de tempos livres do que um fantástico meio de transporte. O maior número de viagens feitas de bicicleta pela cidade, são para divertimento e para a prática desportiva, num exercício de fim de semana. Pois a actividade de pedalar poderia ser mais do que um mero passeio pelo Parque da Cidade ou pela orla marítima. Aproveitando a condição física adquirida com as pedalas sazonais, o pobinho bem que poderia gradualmente ir subindo a torre complementando a utilização da bicicleta para muitas outras coisas do dia-a-dia. Tem-se verificado nestes últimos anos a crescente utilização da bicicleta na mobilidade diária, especialmente nas deslocações casa/trabalho. Atendendo à crescente quantidade de pessoas que pedalam em recreação ao fim de semana, deveriam rentabilizar a tonificação das pernocas e dar ao pedal nos chamados dias úteis para coisas também úteis. Porque não!? Se forem levadas em conta outras actividades habituais, como ir para o emprego, para a escola, fazer compras ou ir ao cabeleireiro, o índice de melhoria do estilo de vida seria mais gratificante. Há um consenso de que a bicicleta é usada para lazer, mas socialmente o seu uso está mais ligado ao transporte e ao uso conjugado com outros meios de transporte, especialmente os públicos. É uma simples e prática ideia, uma espécie de juntar o agradável à útil independência que só a bicicleta proporciona e assim poupar uns euros no combustível fóssil pela gratuíta transpiração.
ps: aproveitando alguma falta de tempo/inspiração dou inicio a uma espécie de reciclagem de alguns textos mais antiguinhos, que há tempos aqui foram publicados. Boas pedaladas.
Eu usaria a bicicleta exclusivamente como meio de transporte não fosse a ausência total de arborização da cidade em que moro, Sobral, no Ceará e a violência dos motorizados, muito em particular das motos, mas também dos automóveis. Ir de bicicleta não somente representa uma economia social e ambiental com o combustível fóssil como é um substituto ideal para a ginástica e portanto para a manutenção do corpo. Mas começo a ver que existe uma tendência muito pequena, mas existe de uso da bicicleta pelos usuários de carros. Pelo menos parte do tabu “bicicleta é coisa para pobre” já começa a ser derrubado, algumas pessoas já começaram a admitir que “bicicleta é coisa para gente inteligente”, precisamente pelo oportunidade que oferece de conjugar a necessidade de ginástica com a necessidade de transporte, num mesmo momento, oferecendo assim uma otimização para a vida, econômica e de tempo. Teu blog, Paulo, é um “vetor” desta mudança!
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