“É difícil pensar num mundo onde não existam carros, mas a sua redução e “racionalização” deve ser objetivo das políticas públicas.”
“Se já sabíamos que a prática da partilha de carro ganha cada vez mais adeptos também no nosso país, foi com muito agrado que vimos o tema chegar às mais altas instâncias políticas através do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda que propôs, no final de 2013, uma recomendação ao Governo para serem criados nas entradas das autoestradas parques de estacionamento para a partilha de viaturas.
“O Bloco de Esquerda deu entrada a um projecto de resolução, que se encontra em discussão na comissão de Economia, para que o Governo institua parques para a partilha de viaturas nas entradas das auto-estradas”, de acordo com um comunicado enviado pela assessora de imprensa do grupo parlamentar, Catarina Oliveira, ao Green Savers.
A equipa do Boleia.net contatou o BE e teve o prazer de ser recebida no Palácio de São Bento para trocar ideias / propostas sobre este assunto e entrevistar a deputada Mariana Mortágua, uma das responsáveis pela inciativa.
…
O ex-primeiro ministro noruegês Jens Stoltenberg ia para o trabalho de bicicleta. Acha que existem hipóteses de vermos os deputados portugueses darem brevemente boleia uns aos outros para se deslocarem a Assembleia da República?
Bicicleta é possível. Não tenho conhecimento de outros casos, mas no Bloco de Esquerda já houve vários deputados a fazê-lo frequentemente. Eu faço-o de vez em quando.
Relativamente às boleias, não vejo porque não.”
O Future Cities está a fazer do Porto um laboratório vivo de soluções para as cidades
“É engenheiro electrotécnico de formação, e músico, sempre que pode. Responsável pelo Centro de Competências para as Cidades do Futuro da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o académico e investigador João Barros vê-se, aos 37 anos, como uma espécie de agregador de vontades, um comunity organizer, na terminologia norte-americana. Nos últimos anos reuniu à volta do projecto Future Cities investigadores e instituições do Porto para desenvolverem, juntos, soluções que melhorem a qualidade de vida urbana. Alguma das experiências estiveram em destaque na semana que passou, num congresso internacional que, ao longo de um dia, fez do velho mosteiro de São Bento da Vitória palco da inovação.
…
A aplicação SenseMycity fez algo assim com as rotas para bicicleta, mostrando percursos ponto a ponto com a menor inclinação.
Exactamente. quando vamos a pedalar para o trabalho isso é muito importante. Tudo isso é possível. Uma vez montada a infra-estrutura, acho que vamos surpreender, sobretudo graças aos estudantes universitários e jovens empreendedores. E, atenção, é muito importante usar estes dados para desenvolver aplicações também para a população mais envelhecida. É um tema no qual a Comissão Europeia está muito empenhada. Nós estamos a colaborar com o grupo da professora Ana Moutinho, no departamento de Geografia, que estuda populações de idosos e tem feito um trabalho interessantíssimo de sensorização de alguns parâmetros, ainda que a uma muito menor escala. Temos de olhar para dentro da universidade, ver outros projectos que existam e que, com a nossa capacidade de captar e tratar dados, possam ganhar outra dimensão.”
…
As Sextas de Bicicleta de Mariana Carvalho
“Mariana Carvalho, bióloga, com 36 anos e dois filhos de seis e nove anos regressou a Lisboa há dois anos e nunca mais deixou a bicicleta. Experimentou, e, mesmo com os dois filhos e a viver a meio da colina entre os Anjos e a Graça, nunca usa o automóvel durante a semana.
Activista convicta da mobilidade em bicicleta, promove-a sempre que pode junto da família, amigos e colegas de trabalho – tudo começou com uma bicicleta na garagem e hoje já são oito, que servem as deslocações citadinas dos filhos, da própria e dos pais. Venceu todos os mitos relativos à utilização da bicicleta e é um exemplo claro de uma mobilidade sustentável, tendo contribuído para uma melhoria do seu estilo de vida. Por todas as razões, e acima de tudo porque a faz sentir muito mais feliz.
…
Uma pessoa da praça pública que gostarias de ver a andar de bicicleta e porquê?
Os responsáveis pelo ordenamento e infraestruturas na cidade. Para que não cometessem os erros grosseiros de planeamento que são óbvios um pouco por todo o lado e que muitas vezes são anunciados como grandes obras. E para que interiorizassem que a bicicleta não é só para os outros, é possível e desejável para todos. A polícia de trânsito, também. Ficavam mais acessíveis aos cidadãos, mais alerta, e mais facilmente se aperceberiam e lidavam com o abuso que é cometido pelos automobilistas um pouco por todo o lado: na estrada, nos espaços pedonais, passadeiras, etc.”
Republicou isso em Matemática em Sobrale comentado:
Que coisa linda esta bicicleta, e é poriso que sou ciclista!
GostarGostar
Republicou isso em Gerardo Pereira.
GostarGostar
Republicou isso em Matemática em Sobrale comentado:
que coisa mais linda esta bicicleta! é poristo que eu não largo a minha magrela.
GostarGostar