“Logicamente, regressemos ao passado”
mini-ensaio-relâmpago de Nuno Gomes Lopes
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“A título de exemplo refiro o Porto (e arredores). A sua rede de elétricos (o Porto teve a primeira linha da Península) atingiu 150 quilómetros de extensão; os tróleis vieram desocupar os elétricos, e por sua vez os autocarros; o metro veio colmatar um vazio existente, custando, no entanto, mais de mil milhões de euros a instalar. Outro exemplo: entre o Porto e Vila do Conde existia uma ciclovia com mais de 25 km, paralela à EN13, desmantelada para aumentar o espaço para os carros. Por toda a área metropolitana gastam-se milhões para construir ciclovias, quando as infraestruturas existentes foram abandonadas. No extremo oposto, a rede de autoestradas foi crescendo ao ponto de sermos o país europeu com mais quilómetros per capita. É este o uso racional dos dinheiros públicos?”