o Bairro das Artes Circuit

Há a Foz, a Casa da Música, há Serralves, o Parque da Cidade, a Ribeira, mas o Porto tem muito mais para oferecer. É na mistura dos tempos que esta cidade me inspira, ou melhor, se inspira. É nos bairros que respira a gente que ali habita e que faz sentir a quem as visita quase como se sentisse em casa. É nas ruas da cidade que se vive o pulsar do Porto.

Uma dessas ruas é Miguel Bombarda, arruamento com história que ganhou notoriedade quando os marchands começaram a localizar ali as suas actividades. A zona circundante já é conhecida pelas suas galerias de arte e lojas alternativas, especialmente em alturas de “Inaugurações simultâneas”. Na Rua do Rosário há outras coisas que complementam a oferta cultural. Há pensões e restaurantes típicos para quando aperta a fome, comércio tradicional, espaços mais ou menos alternativos e multifuncionais, para os mais variados gostos e preços. Dali até à Rua de Cedofeita é um pulinho e nem dá para agora descrever o bulício que ali se vive. E ainda temos a Rua do Breyner, da Maternidade, e o Largo da Maternidade, Adolfo Casais Monteiro, da Boa Nova, D. Manuel II e tudo o que este quarteirão esconde e que ainda está por descobrir.

O ambicioso projecto Bairro das Artes Circuit existe desde Janeiro mas é ainda uma novidade para os tripeiros. É um projecto comunitário para unir e dinamizar a zona envolvente a Miguel Bombarda, o Quarteirão das Artes, onde todos os dias há algo a acontecer. Design, cursos, aulas, oficinas, exposições, visitas guiadas, sons e música, saúde e bem-estar e até mesmo um circuito infantil.

Ontem à noite, pedalávamos junto ao Largo da Maternidade quando eu e o Ricardo fomos atraídos pelo som de boa música. Parámos e ficamos largos minutos a escutar os acordes bem afinados da banda e a conhecer melhor o projecto.

O Bairro das Artes Circuit pretende unir três públicos: os “bairrões” que residem na área, os “bairristas” que lá trabalham e exibem as suas obras, e os visitantes. São quase 50 os “bairristas”que se associaram e ajudam a manter o projecto de pé, ganhando com isso publicidade e novos clientes. Esta colaboração leva ao “conceito de nova aldeia na 2.ª cidade do país”, pretendido pela organização.

Luciano Amarelo, da Associação Terra na Boca, explica como surgiu a ideia de animar o chamado Quarteirão das Artes. “Olhei e constatei que isto era conhecido, mas não se percebe bem o que é. É o Soho do Porto? Existe um potencial que está desorganizado”.

Entre actividades gratuitas e outras pagas, o circuito é uma montra turística aberta ao mundo, com um grande potencial. Une-se a eventos já existentes, como as “Inaugurações simultâneas”, e tenta-se criar uma agenda de eventos conjunta que se cruza com a oferta adequada à procura do público. O Quarteirão ganhou animação e tem, este mês, mais motivos para ser visitado.

Sobre paulofski

Na bicicleta. Aquilo que hoje é a minha realidade e um benefício extraordinário, eu só aprendi aos 6 anos, para deixar aos 18 e voltar a ela para me aventurar aos 40. Aos poucos fui conquistando a afeição das amigas do ambiente e o resto, bem, o resto é paisagem e absorver todo o prazer que as minhas bicicletas me têm proporcionado.
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apenas pedalar ao nosso ritmo.

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