Nenhum destino real em mente, nenhuma rota previamente traçada, apenas uma volta ao bairro. Quase sempre pedalo sozinho e guardo ciumento estes momentos preciosos. É tempo para mim, tempo para os meus pensamentos, e o tempo gasto no selim da bicicleta que também combina com este tempo meio desagradável. Estes últimos dias trouxeram-nos uma canícula outonal, ainda assim, o vento pode soprar forte que eu lhe volto as costas e desfruto do seu impulso, deixando que a minha viagem role nessa direcção. A pedalada despreocupada é libertadora. É a oportunidade para relaxar e deixar a mente vaguear, sem responsabilidades de qualquer tipo, pedalar por horas, apenas às voltas perdido na minha zona. E é particularmente arrebatador o quão depressa o tempo voa, quando de repente me detenho para um gole d’água e uma fotografia, num relance olho para o relógio e dou conta que uma manhã inteira se passou!… “Caramba… por isso estou com fome!”
É bom sair assim sem rumo, sem rota, sem horas… deixar o tempo por sua conta e não dar conta que o tempo passa, a não ser, quando o relógio biológico dispara!
Também gosto desses dias assim… e de fazer uns registos fotográficos, como este, tão bonito, e pensar que estes marcos guardam histórias e arte de outros tempos e alguns estão tão mal “estimados”.
Bom dia Paulo sempre com muita pedalada…
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obrigado Nelson. E depois há as voltas que, com tanta volta, a volta é um autêntico contra-relógio 😀
Por vezes é um pequeno passa-tempo meu, estar atento aos marcos rodoviários e procurar alguns cuja informação se destaca da mera contagem quilométrica.
Abraço
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