Passar alguns dias de férias fora do bulício, longe das rotinas e sem a bicicleta, também me faz bem. Nesta altura do ano, e aproveitando os feriados, procuro o frio e a magnificente beleza do Douro. Vamos para a aldeia e dali abalamos na rota da Terra Fria transmontana, para trás dos montes conquistando castelos, lendas e histórias.
A neblina e o gelo matinal faziam-nos desencorajar levantar cedo, no entanto calhou que a visita a Miranda do Douro fosse no dia mais frio da semana. Enfrentamos os zero graus à porta de casa e os 3 negativos à nossa chegada ao Fresno. Parado o carro em frente às fragas de Miranda, bem de fronte para o Douro Internacional, ousamos entrar no frigorífico. Apesar da neblina e do ar gelado, lentamente o dia clareou e um tímido sol foi nos aquecendo as orelhas. Depois de confortar os estômagos com a tradicional posta à mirandesa, continuamos o passeio a tilintar o dente. Visitamos a belíssima Sé Catedral, contornamos a muralha e o castelo, percorremos o centro histórico, admiramos as casas quinhentistas, as ruas empedradas, entramos nas lojas tradicionais e percebemos a lhéngua mirandesa.
E foi numa dessas ruas, bem junto à Igreja de Santa Cruz, que algo me chamou a atenção. Uma velha bicicleta, deixada propositadamente ao ar livre, à soleira da porta e encostada à parede de pedra, capturou logo o olhar a quem aprecia este tipo de coisas. E então, depois de um pequeno inquérito, foi convidada a participar no meu álbum fotográfico.
Essa rota pelas terras frias foi bem “sopimpa”!!!
GostarLiked by 1 person