A câmara fotográfica do telemóvel que trago comigo é um instrumento indispensável nas minhas pedaladas. A diversidade de oportunidades para captar um momento, um belo cenário ao longo da rota, enfatizando a bicicleta como assunto, é um complemento natural à actividade do ciclismo. Sempre que me apetece tenho o pretexto para fazer paragens de descanso e tirar a câmara do bolso. Capturas rápidas no selim da bicicleta fazem também parte do apelo das pedaladas, as longas e as curtas, ver o mundo lentamente e poder agarrar um momento para logo ali o partilhar através do visor desta geringonça.
A “inteligência” destes telefones é uma maravilha da alta tecnologia. É leve o suficiente para transportar num dos bolsos e fácil o suficiente para registar tudo. Incomparável à resolução de uma câmara fotográfica profissional, a qualidade da sua micro lente produz imagens de beleza surpreendente. A estética pessoal no momento do disparo é o que conta, mas as fotografias podem se tornar mais apreciadas se lhes dermos algum condimento na “câmara escura” digital. Melhorar a qualidade da imagem, corrigir a exposição, defeitos de iluminação, aplicar filtros…
Durante as minhas viagens a pedais, juntamente com as vistas panorâmicas da paisagem, locais por onde vou passando onde a natureza reúne a influência humana, o património e as populações, seria difícil não encontrar fontes de inspiração no uso combinado do saudável prazer de pedalar e a desculpa perfeita para parar e tirar uma foto. Ao longo da existência deste blogue, fui arquivando no álbum vários instantes. Não sou fotógrafo, mas esta ferramenta simples me ajuda a isolar pequenas fatias da vida, para saborear num momento posterior.
e há fotos muito “berinai-se”, tens é de partilhar, com o povo, atécnica para tirar aquelas fotos em que também apareces a pedalar… é que eu quando o faço quase não tenho tempo de chegar à bike. ehehehe
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Republicou isto em O LADO ESCURO DA LUA.
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obrigado, algumas safam-se 😀
Ora benhe, a técnica das selfies ao pedal não tem muita ciência, basicamente é aproveitar o temporizador do télélé, contando os dez segundos de intervalo que tenho para enquadrar o boneco no tempo certo. Muitas vezes o que sai é uma bela foto paísagística, outras ainda se consegue captar uma roda! Uma certa dose de paciência aliada à repetição e tentativa é uma das qualidades do fotógrafo. Importante ter o cuidado de deixar a câmara em sítio seguro.
O screenshot de um vídeo é outra técnica possível, mas com o inconveniente de perder bastante qualidade e não guarda as infos da foto.
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Afinal as minhas 3457 repetições para um enquadramento minimamente decente não são caso único na arte de fotografar com o telele…
Isso de o deixar em local seguro também é algo que já vivênciei!!! Uma rabanada, pouco açucarada, de vento precipitou o acidente… na ânsia de chegar antes da sombra do dito beijar a terra mãe, cimento por sinal, a queda da Dona Isaura foi o mal menor!!! Mas doeu-me a alma.
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3457! Isso é que é insistência, eheh. Já resgatei o meu do meio das rochas da praia com a ponta de um pau comprido e chiclete mascado. Tenho uma capa que tanto serve de tripé como se fecha e o protege em caso de queda. Outra ocasião, numa rua da Ribeira, quando dei a volta à bicla e o fui buscar de cima de um parapeito de janela, dei conta de um manganão que já vinha filado nele! Cuidado…
Ai como doi a alma, e as feridas, as minhas e de Sua Alteza, que tive curar depois de uma burrice à custa da tentativa falhada de uma fotografia em andamento
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